De acordo
com um estudo realizado pela Enfermeira Inês Fonseca e o Sociólogo Gilles
Dussault, publicado em 2010 na RECIIS, através de um artigo de título: “Recursos
humanos da saúde nos países africanos de língua oficial portuguesa: problemas
idênticos, soluções transversais?”, pode-se
perceber que os números de profissionais de saúde são pequenos para atender a
população dos cinco países africanos de língua oficial
portuguesa. Conforme o estudo, os
dados que foram disponibilizados versavam sobre as principais categorias de
trabalhadores e o profissional enfermeiro foram uma das únicas categorias onde
se conseguiu mensurar quantitativos registrados.
Enfemeiros/10000 habitantes: Angola (0,119 em 2004), Cabo Verde (9,3 em 2006), Guiné
Bissau (5,78 em 2007), Moçambique (2,20 em 2005) e São Tomé e Príncipe (19 em
2004).
O estudo
destaca que entre as três faculdades/escolas de enfermagem de Cabo Verde, no
ano de 2005, formaram-se 100 enfermeiros. Em São Tomé e Príncipe não foi
possível saber quantos profissionais se formou, porém, em Guiné Bissau registrou-se
a formação de 62 enfermeiros em 2006. No mesmo país estavam inscritos, em 2008,
253 alunos no curso de enfermagem geral e 82 na licenciatura de enfermagem. Apesar
dos números, conforme o estudo não se tinha perspectivas de abertura de novas
vagas.
Os dados
disponíveis nos países como Angola, Cabo Verde e Moçambique indicavam variações
muito significativas entre os salários dos médicos e enfermeiros sendo que, na
generalidade, os primeiros ganhavam o dobro ou mais que os segundos.
É
observado que em todas as categorias de saúde tem déficit de pessoal e de
acordo com o estudo o numero de enfermeiros tende a aumentar, mas ainda é
insuficiente para atender a demanda que garanta a cobertura da população
inteira.
Para ler
o estudo completo, acesse o link do artigo original através do site: http://www.reciis.cict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/viewArticle/348
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